31 de agosto de 2009

Eu não te quero mais.

Quando começamos um relacionamento parece que o mundo para de girar por alguns meses, a vida muda em função daquele ser, tudo é paixão, amor e todo resto que vem acompanhado. Pensamos que não podemos viver sem aquele ser para telefonar, pra receber um bom dia, um beijo, qualquer coisa do gênero. Depois de passado o furor juvenil, começam as brigas, ciúmes, possessão demoníaca e o que era maravilhoso passa a ser uma tortura da qual nós só aguentamos pelo simples fato de ter se acostumado com a situação. Finalmente, tomada a decisão da separação, depois do chororô, da dor, do desapego queremos que a pessoa desapareça da face da terra. Eu não acredito em amizade com ex, pode ser que ela exista no país dos seres superiores, ou dos mongóis que não dão adeus ao passado. Porque ex namorado parece um fantasma que assombra, mesmo com tudo resolvido, morto-enterrado.
O mais difícil dessa situação é que acham que você sempre estará disponível pra foda sem compromisso, ou para retornar ao amor de antigamente.
Bom, um simples "eu não te quero mais, porra!" deveria bastar.
E o pior de tudo é quando você descobre que o sujeito é da pior espécie de ser humano, daqueles que não tem caráter. Pior ainda é quando, por sacanagem mesmo, a pessoa não quer ser enterrada. Mas muito, muito pior é não ter passado por nenhuma dessas fases, e o ser não desencanar de te perturbar.
Claro que ele não quer amor, óbvio que é apenas para te encher o saco.
Eu não consigo entender a demência humana suficientemente para entender. E se ler isso, capaz de achar que eu me importo muito ainda. Não, eu não me importo. Não, eu não te quero mais, nunca quis, e nunca vou querer. Nunca te amei. Nunca te desejei, nem te respeitei como homem. Nunca quis ter um relacionamento. Eu era apenas um adolescente, e queria paixões, como toda adolescente. Passou. Faz muito tempo.
Pegue um pouco da dignidade restante, desapareça.
É melhor, e não há necessidade de crueldade.
Algumas pessoas preferem ser lembradas como imbecis, mais ainda serem lembradas, do que serem guardadas lembranças boas e carinhosas.
Vai entender. Psicólogo neles.

PS. Para os amigos do meu ex, não preciso explicar, não é um recado para ele. Esse eu ainda espero que tenha dignidade e seja muito feliz. Mesmo. Climão "esssazora" não né? Grata.

28 de agosto de 2009

O esquecimento dos outros.

Lendo esse texto na internet comecei a divagar sobre os esquecimentos também.
Pessoa orgulhosa e prepotente que sou, faço esforços ridículos para ser "inesquecível" para outrem (ó, que bonito). O corpo perfeito, com a mente brilhante, com a performance genial (modesta). Bastaria. Mas o que percebi, ao longo de poucos relacionamentos, intensos, é que não se procura a pessoa por ser assim, mas sim por padrão. Tanto que, na maioria das vezes, sem perceber, somos moldados pelo outro. E se acaba, logo que surge um novo relacionamento, moldamos (e somos moldados) da mesma maneira. Que grande ilusão achar que um "eu nunca vou te esquecer" durará para sempre, realmente. Ilusão essa que tenho, pois se alguma vez digo que nunca esquecerei alguém, é porque esta estará no cantinho especial do meu coração (óooõ) e que realmente farei de tudo para que a lembrança fique guardada, com carinho.
As pessoas não tem noção do que são palavras. Para mim palavras são como promessas, não podem ser lançadas no ar, a toa (clichê). Você é a mulher da minha vida, eu te amo, nunca vou deixar de te amar, mas que merda é essa? Eu não quero ilusões. Quero acreditar nas pessoas. Queria dizer que é possível amar alguém pra sempre. Talvez porque "amar" tenha adquirido outro significado ao longo do tempo. Amar não é tesão, nem paixão, nem o que se sente pelo namorado de cinco meses. Amar é construir. Simples assim, o amor se constrói. Ama-se amigos, parentes, companheiros. E, olha só!, é uma coisa bonita, duradoura, gostosa.
Minha decepção é não poder amar mais, nem ser amada, porque simplesmente as pessoas não estão abertas a isso. Portanto esse esforço imbecil por ser perfeitamente inesquecível demonstra a minha fraqueza. Insolente, eu odeio fraquezas. Não as admito. Fecho-me no meu mundo psicótico por achar que todos estão aqui pra me sacanear, pois são 90% estão mesmo. E é tão confortável não se machucar que acostumei. Sou daquelas que prefiro escutar a falar. Ninguém precisa saber o que sinto. E ninguém está interessado. A vida passa , assim, e vem o esquecimento. Pessoas são repostas. Superficiais.
E as coisas tendem a piorar. É só esperar.

PS. a conversa tomou outro rumo. O esquecimento é cruel para os orgulhosos. Como conviver com o fato de que não fará nada que seja lembrado, não será Alexandre, O Grande, Luís XIV, nem Jesus Cristo? Difícil. Espero que meu corpo não fique num túmulo florido, queria mesmo doá-lo para a ciência, onde alunos escrotos do curso de medicina meia-boca da Usp possam revirar minhas tripas e deliciar-se com a minha podridão. Grata.

26 de agosto de 2009

De tanto te amar comprei uma passagem para Salvador.

Danielle.
Uma nota simples, era tudo que precisava.
Fez as malas, queria pegar o próximo voo.
Amor, sentimento incompatível.
Com posse, com ciúmes, diferenças, brigas, fidelidade, amizade, sinceridade.
Pegou as malas e foi pra Salvador. De mudança, para bem longe dele.
Peito apertado, saudades latente, vai ser melhor, vai ser melhor, quero acreditar que vai ser melhor.
A quilômetros de distância o amor funciona.

O novíssimo diálogo de Adão e Eva.

- Oi, vc tc da onde?
- SBC e vc?
- Osasco.
- Quer transar?
- Às 8 na estação de trem?
- Fexo.

Ahhhh onde está o lirismo????

22 de agosto de 2009

Jogo da vida, sabe aquele lá q vc é feliz casando e juntando dinheiro? Failed.

De vez em quando meus amigos me deixam com a "pulga atrás da orelha", expressão da época do "guaraná com rolha" que serve deveras para o momento.
Uma (Mieko) diz que sou psicopata, inconstância é insatisfação. Outro diz que "não se concerta o que nasce com defeito" , pondo fim ao meu sonho dourado de casar, formar família e ser uma pessoa feliz na vida careta (será?). Minto não quero ter filhos, família de dois com sobrinhos diversos, pode ser.
Oras pra mim parece óbvio que sou psicop, digo, que a insatisfação é constante na minha vida, mesmo na vida inconstante (pegou o trocadilho?). Pessoas nos decepcionam o tempo todo, dinheiro não sobra, amores não são verdadeiros.
Passamos a vida jogando, driblando, mentindo, escondendo sentimentos, fingindo orgasmos, sorrindo pra estranhos, vestindo a moda, e alguns outros encarnando personagem pois pra esses ser o que se é, é perigoso.
Não ligar na hora errada, não aparecer sem avisar, não fazer surpresas, não falar de sentimentos.
Tudo programado para dar certo, fazer tudo do jeito certo, e, claro, sempre dá merda.
As pessoas gostam desse jogo.
Se não posso ser verdadeira como ser feliz?
Talvez eu tenha nascido errada, talvez eu seja (ó vida) a enviada torta de Plutão, para passear na terra e dizer em todos os minutos: eu não estou entendendo nada.
E então me respondem:hei, isso aqui está assim há séculos quem é você para falar alguma coisa?
Muito justo seu terráqueo, deixo você com suas satisfações mundanas, estou voltando para a minha terra. Antes de tomar a decisão final, tentarei os classificados: - Procuro plutoniano(a), bonito(a), que queria dividir aflições tão plutonianas quando as minhas pra quem sabe conseguir ser feliz.

Grata.

Bla Bla Blas

Apenas sinta. Pensar é doloroso.

13 de agosto de 2009

Inconstante

É como estar numa montanha russa o tempo inteiro. Além de ser comum à mulher os problemas hormonais, os caminhos aparecem, mudam o rumo, e de repente a curva brusca, após a descida vertiginosa. A inconstância é o que faz a vida ter graça. A mudança é o que me faz esquecer, mesmo sabendo que por pouco tempo, o meu tédio permanente.
Eu sei, as pessoas me dão tédio. Em especial aquelas que não mudam, não percebem o que está ao redor, que não aproveitam a vida em função de morais que nem mesmo elas acreditam. Choramingam em seus mundos de comunicação virtual, como se tudo girasse em torno de baboseiras internéticas. Dizem sofrer preconceito, mas "odeiam emo", "viado" ou qualquer outra coisa para a depreciação. Emo? Com meus "quase 25" consigo entender que é uma fase adolescente tonta, igual todo adolescente com QI normal do mundo. Isso só ocorre porque há convivência com os tais adolescentes. Oras isso não vem a ser errado, mas não é lá conivente. Síndrome de Peter Pan. Muito comum. Gente chata. Acham que as pessoas devem, assim, aceitar como elas são, estranhas, mas aceitar os outros, estranhos, não é possível. Falta lógica.
Isso tudo sem contar com os sábios "mais velhos" carregados de suas lições mundanas, de outros carnavais, daqueles de marchinhas e tudo, que não servem de nada, pois não conseguem entender que só se aprende vivendo. Triste mesmo é viver e mesmo assim não crescer. Menos ainda aprender.
Aprender a conviver, sem invadir o espaço alheio. Difícil em sociedade. Esses, mais velhos sábios, adultos com síndrome de Peter Pan, e outros tipos mais, ditam regras numa sociedade. Acham que são formadores de opiniões. Eles têm uma só, mas têm. Ditam quanto cigarros deve-se fumar, quantas cervejas pode-se beber, com quantas pessoa pode-se trepar, e isto tudo sufoca, forma uma bolha, um clube, uma sociedade, das regras impostas por gente que deve ser exemplo. Pra alguém deve ser.
Eu não consigo viver na bolha. Não consigo ter essa constância. Não consigo ser do PSDB, nem do PT, nem PV. Não quero ler pra sempre o "Estadão". Não quero ter que usar xadrez só quando está na moda. Conseguir isso é liberdade. E quem hoje em dia procura liberdade? Critique a liberdade alheia, a bolha é confortável.

4 de agosto de 2009

Quase 25.

Aos quase 25 retrospecto que não fiz muita coisa que devia, ou muita coisa que os outros fazem.
Nunca roubei nada do supermercado, nem da papelaria, nem da loja de doces. Não fiz topless e não transei na areia da praia. Nunca comi lagosta, nunca fui numa festa de 15 anos. Não viajei pro exterior, não conheço a Bahia. Não tive o cabelo curto. Nunca tive um amor à primeira vista. Não bati nenhum carro. A polícia nunca me pegou embriagada ao volante, nem portando drogas. Eu nunca paguei propina. Nunca paguei por sexo, nem fui paga ao fazê-lo. Não tomei baque, não fumei crack.Nunca tive que tomar glicose também. Nunca fiquei inconsciente por beber demais. Nunca fui gorda. Nem fiquei grávida, nem fiz aborto. Nunca consegui terminar palavras cruzadas. Não sei resolver Sudoku. Nunca fui levada às pressas para um hospital, nem nunca fiquei doente seriamente. Nunca fugi de casa. Nem nunca peguei um ônibus pra viajar sozinha. Não quis ser famosa. Não ganhei na loterial, nem jogo do bicho. Nunca gastei muito dinheiro em roupas, nem perfumes, nem sapatos e bolsas. Não tive uma coleção de Jazz. Nunca compus uma música e não sei tocar nenhum instrumento musical direito. Não consegui escrever meu livro. Nem sequer tenho alguma ideia. Nunca ganhei flores. Nenhum namorado me fez surpresas. Não tenho revives. Nenhum namorado me bancou. Nunca morei com nenhum deles. Nunca tive muitos. Nem tão poucos. Nunca tive um trabalho recompensado. Nunca tive um trabalho recompensador. Nunca fui presa. Nem sequer entrei numa delegacia. Não vivi muito, nem tampouco. Vida morna.

3 de agosto de 2009

Ficar velho ...

É apenas uma questão de pele.