28 de março de 2012

Outros ares.

De fato, quando dizem em viajar "para mudar de ares" não significa apenas "mudar a rotina", e sim, mudar de AR mesmo. Para os desapercebidos, todas as cidades tem o mesmo cheiro, mas não é o que acontece.
Estou com saudades do ar de Cuzco.
Um ar difícil, de subir uma escada dá falta de ar, mas é um ar doce, um ar de pura energia, de misturas, e de, claro, de diesel queimado, dos velhos carrinhos que passam nas ruas estreitas... Saudades de ver as cholas, passeando com suas roupas coloridas e chapéus pra turistas ver, com pobres filhotinhos de alpaca... Turistas de todo o mundo, faces tão diferentes das quais estamos acostumadas.
Comidinhas vegetarianas, as melhores que já comi...
Ai que saudades. Saudades de uma liberdade conquistada apenas quando se viaja...

20 de março de 2012

Poeminha de amor a mim mesma.

Às vezes me ponho a cantarolar, e é a vida, e é bonita.
E então as flores parecem mais perfumadas, e as árvores mais sorridentes.
As palavras ficam encantadas, os casais mais apaixonados.
O sol que encosta na pele como carinho, deixando assim a sua energia poderosa.
E se ver um cachorro na rua, impossível não sorrir.
E o menino jogando bola, se imaginando o Romário de outrora, e a velhinha de roxas madeixas, e a criança fantasiada de fada...
Pulsa sangue no coração, cada batida se ouve a ouvidos nus, emociona, vive.
Que bom que está acordado, meu coração.
De tanto sofrer em vão, achei que não mais me apaixonaria pela vida novamente...