12 de abril de 2012

O aborto dos outros

Como é intragável a fé religiosa.
Gostaria de compreender melhor a humanidade para saber qual é o gosto de decidir a vida alheia. Qual o poder essas pessoas pensam que tem? Como podem se achar tão superior ao decidir que é errado interromper uma gravidez de um ser que não sobreviverá fora do útero materno, sem se importar com os familiares, com o sofrimento e danos (físicos e mentais)que isso causará? Por que uma vida de um anencéfalo é mais importante do que de um menino que se acaba na pedra no Centro da cidade? Onde está a moral em julgar uma pessoa que aborta e deixar outras milhares ao relento e condená-los como "mundanos" pelo simples fato de não acreditar no mesmo Deus esquizofrênico e super protetor?
Doentes. É o termo mais leve que posso usar para descrevê-los.

4 de abril de 2012

Me recuso a aceitar a comemoração do Golpe de 64

A "Contra Revolução" gaga e mentirosa foi "comemorada" pelos militares de reserva e, infelizmente poucos, manifestantes só comprovaram o que é escancarado na sociedade: Enquanto não enterrarmos nossos desaparecidos, de 64 e de 2012, e enquanto não punirmos os militares, de reserva e os atuais, que praticaram crimes com o escudo da autoridade não teremos paz.
Cada vez que penso nessa comemoração, ou que vejo um crime de PMs que fica sem solução eu tenho vergonha. Sinto vergonha por nossa morosidade. Sinto vergonha por alguns conhecidos que apoiam uma Lei da Anistia que exime, apenas por interpretação, os algozes. Sinto vergonha por minha atitude passiva. Sinto vergonha. Sinto tristeza.
Precisamos de um período de luto, necessário, para então começarmos a nossa democracia.

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/03/31/hildegard-no-clube-militar-ele-matou-meu-pai/ Recomendo a leitura e o vídeo.