25 de fevereiro de 2013

Sertralina 100 Mg

Há uns 2 anos , um pouco menos talvez, comecei o tratamento com o antidepressivo tricíclico setralina,  inibidores seletivos da recaptação da serotonina, ou seja, a serotonina vai e volta normalmente, perdida entre os neurônios , e com isso ela não fica por ali perdida, fica no seu cérebro, em alguma parte dele , te deixando linda, leve e feliz, bom, simplificando é isso ai mesmo. Hoje em dia nem é tão lá grandes coisas se entupir de ansiolíticos visto que esse remédio, em baixa dosagem, é utilizado até para dores de cabeça constantes e frequentes. 
Mas, como tudo que usado todo dia, acaba deixando o seu cérebro viciado e , claro, dependente, pois seu cérebro começa a relaxar na produção de serotonina, cabendo a você dar aquele up, sendo feliz e fazendo coisas legais.  O remédio entra ai como aquela muletinha básica, e se você não correr atrás do preju ajudando seu cérebro nessa missão passará a vida entre recaídas e remédios. 
Pois então ai a história começa. Quem me conhece sabe que eu não sou um poço de virtudes e a qual eu mais peco é a pontualidade e o pânico que toma conta de mim quando eu marco algum evento. E médico não é diferente. Tudo isso pra dizer que muitas vezes eu fico sem o remedinho e queria compartilhar o efeito que isso tem.
Quando a química é interrompida meu cérebro parece que funciona num ritmo mais lento que de costume. É o famoso "ficar balão". Tudo parece estar fora do tempo, parece tudo mais rápido e barulhento. Tirando a irritabilidade e a sensibilidade, parece uma TPM constante. 
A parte boa é que demora apenas 24 horas para "voltar ao normal'.
Daí a Mariana decidiu tomar um outro antidepressivo do pai. Também funciona no mesmo modo operante do outro mas por não ter o costume fiquei completamente chapada. Ainda com visitas em casa. Veja ai a cena.
Eu falando como uma louca louca louca.
Por isso gente, pense bem antes de tomar essas coisas. Em tempos de tudo muito "fast", tratamentos "fast" é bom lembrar que é um tratamento de longa duração. 

Abraços. 


8 de fevereiro de 2013

Só amigo doido. A Blitz .

Mediante essa notícia, perguntei pra um amigo usuário "e agora amigo, como será?"

Amigo: mas pra mim não pega nada! Quando o cara descobrir que eu não tenho carta a 10 anos ele já vai ficar suficientemente contente, nem vai verificar mais nada.

kkkkkkk

Bom Carnaval a todos.



6 de fevereiro de 2013

Memórias da infância como cacos de lajota.

Depois de ver esse post , sobre os cacos de lajotas de cerâmica, algumas lembranças foram retomadas.
A casa que eu morava na Barra Funda tinha um quintal grande, cheio dos cacos de lajota, com os detalhes amarelos e pretos, assim como o da foto.



Para a mente de uma criança tudo é motivo para viajar. Eu viajava na montagem dos cacos.
Imaginava que era bem mais difícil colar pedaços do que a peça inteira, então por que "colavam" os pedaços e não a peça inteira? Deve dar um trabalhão...
Será que quem fez o chão queria alguma simetria entre as peças amarelas e pretas? 
E tentava achar a simetria entre elas. Pra mim sim, a pessoa que com toda a paciência do universo, colou centenas , quiça milhares, de caquinhos um por um, pensando numa lógica, num desenho, e , por que não?, uma arte. Formam um quebra cabeça bem elaborado, onde as peças se encontram e se encaixam, como seria possível se não intencional? 
Nos finais de semana ensolarados era uma delícia esfregar sabão em pó e escorregar. Nos dias de calor , deitava com meus irmãos "debaixo da garagem" que era o lugar mais fresco, na verdade úmido pois o esgoto passava por baixo. 
Sinto muita falta daquele quintal.
Sinto falta dele antes do vizinho crente enriquecer e construir mais 2 andares, deixando meu quintal num eco triste, num corredor comprido e com pouco sol. 
Sinto falta do cheiro de óleo dos carros velhos que meu pai insistia em ter.
Dos cachorros correndo nele, e aqueles que meus pais insistiam em abandonar e doar. 
Dar milhares de baratas que do esgoto saiam. OPA! Não sinto.
Enfim, não foi a época mais feliz da minha vida mas foi minha infância e hoje eu posso deixar o rancor para trás e lembrar de tudo isso com nostalgia e algum tipo de carinho. Do meu modo. Ainda assim carinho.