29 de abril de 2016

Nunca

Durante muitos dias procurei palavras.
Hoje encontrei uma: nunca.
Infelizmente.
É nunca.

Nunca será.

4 de abril de 2016

A Demissão - O ínicio

Primeiramente gostaria de dizer que se alguém se ofender com o que será comentado que me procure ou que me processe bem.
Porque não vão me tirar o direito de pelo menos desabafar.

A segunda coisa é que não irei questionar também o direito da empresa de não me manter no quadro. Isso é legitimo, se para o bem da empresa.

Vou separar em partes pois sempre que penso que a história acabou surge uma nova surpresa, sendo no meu bumbum, é claro.

A Copa, a Crise, a Dilma e a Incompetência 

O ano é de Copa, a crise se anuncia, porém as empresas todas continuam investindo, principalmente as estrangeiras, alucinadas por uma propaganda enganosa ou por uma distância galáctica com a realidade brasileira. Era um ano de recessão já, porém pressionados por resultados em ano de copa, apesar das cartas já estarem todas marcadas para os fornecedores oficiais, as contratações foram feitas. Inclusive a minha.

A dissintonia entre os grupos era evidente. A incompetência dos que lideravam também. Porém esses foram mais espertos e pularam antes que a crise fosse para eles. Foi pra Dilma.

Muitas pessoas em certas áreas , poucas em outras, vendas previstas em reais não agradam quem ganha em dólares.

A verdade é que conto isso para dizer que, mesmo em épocas de crise, algumas decisões baseadas em uma evidente distância da realidade podem fazer uma empresa que parecia solida ruir. Navegar em mar tranquilo e ter crescimento de 100% baseado em 0% é fácil.
Não sobreviver a um ano de crise real significa que a sua solidez era só pelo mar azul, bastou uma marola pro barco começar a virar.

Coloquei em xeque a minha competência mas, seja por contratar uma incompetente , seja por não conseguir sobreviver a crise, a culpa é da empresa e de quem a dirige. Não entendo essa leniência que se tem com os cargos mais altos, como se a única responsabilidade destes fossem ser figuras decorativas e dar pinta em eventos.

Dava para ter superado? Dava. Mas mexeria com muitos egos, amizades e bolsos.
Vamos deixar o profissionalismo de lado, pois em ~épocas de crise é melhor salvar o nosso.

Parece que contei a história da sua vida também?
Sim, para mim esse é um evidente vício do profissionalismo brasileiro. Ou a falta dele. Não posso dizer por outras empresas em outros países, mas aqui é assim, o pessoal sempre vai contar mais que o profissional. Sempre.

É triste.

Me despeço do ínicio.