18 de agosto de 2011

A árvore


O Osho me contou que os aborígenes há alguns séculos possuiam o conhecimento de conversar com as árvores. Algumas delas eram usadas como mensageiras. Tipo um telefone. O pai mandava a mensagem para o filho pela árvore e no outro povoado ele ouvia o tal recado. Com o tempo e com os brancos, isso foi perdido.
Nessa época do ano as árvores aqui em São Paulo mostram seu esplendor, e faz um bonito contraste com toda essa cidade suja e cinzenta. Os Ipês roxo são os que mais me agradam. São flores fofas, as que caem no chão formam um tapete mágico, parecem algodão doce nos galhos.
Eu não tenho o poder de conversar com elas. Mas que felicidade elas me trazem.
Numa noite, observamos do portão, em um estacionamento o movimento que ela fazia, o som que ela emitia. E uma palavra resumiu tudo: soberana. Ela era soberana. Ela dizia e mostrava que era a maior. Conversava conosco com o balanço de suas folhas. Exalava seu perfume de mato. Era um pedaço da natureza. Eu entendi a mensagem.



Nenhum comentário: