25 de agosto de 2011

Só.

Agonia não sei do que, ansiedade não sei da onde.
Falta sempre uma parte, e por mais que eu tente encontrar aqui dentro, não acho.
É algo que é só meu, que só eu posso me dar, só desaflora se eu quiser. E não consigo. Impotência, Carência, Desejos e Frustrações.
Quando está nas mãos escapa, foi só ilusão.
Em algum momento se perdeu.
Ilusão de achar que a minha energia estava conectada. Ilusão de não haver cobranças, de que essa pura energia bastaria. Que isso seria liberdade. Que me faria bem. Que eu sempre enxergaria as flores de vermelho vivo. Que a ausência de cheiro era a delicadeza. Que os olhos diriam a verdade. Que a respiração era de cansaço. Que a falta de carinho era esporádica. Que a droga era para a emoção. Que o mundo era o limite. Que eu sustentaria a minha leveza. Que o celular poderia ficar a mostra. Que o líquido era remédio. Que a discussão era válida. Que o futebol é divertido. Que a beleza basta. Que minha auto estima se elevasse. Que eu não teria medo. Que a janela não me faria falta. Que eu não me lembraria...
Como se sempre precisasse renovar minha confiança.
Como se o mundo sempre cobrasse provas.
Nada disso mais importará.
Não importa.
Não me atinge.
Apenas o que é bom, apenas o que foi bonito.