3 de outubro de 2011

A aceitação

Hoje vi no noticiário, logo de manhã, uma gay que sofreu agressão num posto de gasolina aqui em São Paulo. Ele, na entrevista, disse que, argumentando com os agressores, disse: Você é novo, pode ter um filho, e ele pode ser gay. Eu não escolhi ser gay, eu nasci gay.
E por ter nascido gay ele sofreu violência.
Passamos a vida sendo moldados por uma sociedade que simplesmente não te aceita, assim como você nasceu.
Somos fantoches de nós mesmos, porque estamos inseridos nessa sociedade.
Somos moldados pelo estado, pela mídia, pela religião, por nossos familiares, por nossos amigos, por nós mesmos.
Acreditamos em falsos ídolos, falsas guerras, falsos inimigos.
Acreditamos que isso não é problema nosso.
Ficamos infelizes. Ficamos estressados. Ficamos frustrados.
Nos cobramos sucesso, perfeição. NOssos desejos nos trazem mais frustrações.
Cobramos o politicamente correto e não somos. Mediante "o mundo está perdido" viramos extremistas.
Em vez de procurar a liberdade, queremos nos encaixar mais ainda em moldes, pois assim seremos aceitos, teremos melhores empregos, faremos mais sucesso. E de fato, quanto mais "encaixado", mas aceito.
A vida petrificada.
Parada.
Morta.
Desculpe me, eu falhei.

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