21 de agosto de 2008

O dia em que eu quis matar um cidadão comum (*)

É sabido que algumas pessoas já deveriam nascer mortas.
Parece muito fascismo da minha parte dizer isso. E ainda dizer que, no fundo eu sinto pena por elas.
Mas elas deveriam nascer mortas.
Gostam de ser estorvos na vida de outras pessoas. Estão ali para desgraçar. Para importunar, pra nos tirar do centro.
Que atire a primeira pedra o almofada intelectuóide de meia tigela que nunca quis matar a pauladas um impertinente desses.
A pessoa em questão parecia desprovida de meios culturais, sociais e monetários. Estava acompanhado de mais dois elementos, da mesma estirpe, e já é sabido também que um babaca acompanhado de “amigos” multiplica a babaquisse.
Talvez por abandono na infância, carência e dificuldades, sempre querem chamar atenção. Para isso, usam as camisetas mais coloridas, as bermudas mais estampadas e os bonés mais esdrúxulos. Gastam o salário mínimo todo em roupas, mas não podem gastar 5 reais em um desodorante. Um fedor insuportável, cada vez que se pendurava nos ferros do metrô. Sim, algazarra no metrô. Sim, horário de pico, metrô lotado.
Não me é compreensível. Possivelmente o cara tem um trabalho miserável. Braçal talvez. Sem desmerecer, mas deve tomar tanto coice durante o dia, que na volta pra casa sente-se na obrigação de dar coice nas pessoas ao redor. Como se elas tivessem que pagar pela incompetência. Olha para a bunda de todas as pessoas do sexo feminino, e se for homem cabeludo, capaz de entrar na história.
Não contente com toda a estupidez e miséria humana, e olhares de reprovação, ao sair do vagão resolveu mexer no celular. E começou a colocar um toque que imitava uivos de lobo. Alto. Claro. Com a aprovação dos babaquinhas. Claro.
Ele estava bem na minha frente na escada rolante. Eu sentia que podia esmagar o crânio do desgraçado com minhas mãos nuas, até que seus glóbulos oculares saltassem no meu colo. Sentia que eu era forte o suficiente para arrebentar a cara dele na porrada, e ainda dar uns tapas na cara dos amigos.
Estava vermelha. Eu podia sentir. E pude ver que ele percebeu. Nem por isso parou.
Ele estava gostando.
Calma, calma, só mais alguns minutos! Ahh como eu gostaria de ter feito judô quando era pequena. Só alguns degraus.
Acabou, acabou. Ele seguiu em outra direção.
Podia ainda ouvir a porra do toque de celular. Tirou-me do sério.
Lembro na vida apenas mais duas situações quais eu fiquei assim.
Num encontro com meu ex e com uma menina na sétima série...


(*) Parte do livro que um dia lançarei hehehehehe.

3 comentários:

Kelly Chris disse...

kkk comédia vc, q porra essa minha da setima fez?

Homero, O Truculento disse...

TPM?

Mariana disse...

Mieko: ela nos denunciou porque nos viu fumando no banheiro.

Homero:Sim, eu e os demais usuários do metrô estavamos na TPM naquele dia.