26 de novembro de 2008

Demitida!

E foi assim. Dia 20 de Novembro chego na empresa e meu login e email estão com as senhas trocadas. Tento falar com o chefe, e nada. E assim foi também na sexta feira. Ninguém disse nada. Logo pensei estar demitida, e apesar dos meus amigos me acharem maluca, eu já sabia.
Segunda-feira, depois do almoço, meu chefe me chama na sala. Já sei, estou demitida. Sim, está, com cartinha e tudo.
Assinar a carta, foi como assinar a alforria.
Não chorei por ser demitida. Não me senti perdida, como acharia que seria assim, não estou deprimida, não estou tão preocupada, afinal, seguro desemprego está ai pra isso.
Infelizmente sentirei falta das pessoas, e as pessoas também sentiram falta de mim. Ouvi meu chefe, como meu chefe pela última vez. Como eu gostaria que ele fosse meu amigo mesmo. Pensei e ai talvez possa ter chorado um pouco. Também choraria se tivesse que me despedir de todos. Então eu saí à francesa. Fumei meu último cigarro com meu chefe. Pronto, bloqueia meu acesso.
E chuviscava. 5:30 da tarde na Avenida Paulista e eu estava voltando para casa. Eu não queria, mas não estava ruim. Sentia-me livre, uma liberdade angustiante. Eu nunca mais farei esse percurso. Estranho, borboletas no estômago.
Chego em casa e ligo para minha mãe: Não sabe o porquê foi demitida? Será que não era pelos atrasos?
Ótimo. Ouvi isso 100 vezes. Se foi, se não foi, não me interessa. Se eu chegava atrasada, é porque não suportava mais o que eu fazia. Não suporto empresa. Não suporto subordinação. Talvez um dia eu aprenda. Não quero.
Foi bom, será muito bom para mim.
E eu sei exatamente o que devo fazer. Em anos não me sentia tão viva. POSSO VIVER AGORA!
Porque tem que ter algum recomeço. O meu é agora, a minha hora sou eu quem faço!

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