6 de abril de 2009

Segunda né?

Toda segunda-feira pela manhã penso no suicídio. É cômico. Imagino aquelas cenas de Akira, espelho, olheiras imensas, rugas, desespero, arma na boca, cérebro pelo azulejo.
Para aqueles que fingem alguma preocupação, relaxem. É impossível o suicídio de fato.
É apenas uma veia de humor negro para compensar meu tédio.
Sim, eu sinto tédio. Por mais que eu tente escapar disso, percebi que minha vida se resumirá a triblar o tédio nosso de cada dia.
Sinto-o ao ver os adolescentes nas suas disputas por atenção, os homens de negócios com seus ternos de super homem, as mulheres com suas caras de mau comidas, as crianças barulhentas, os mendigos pedindo cigarros.
Tudo parece sempre igual. Talvez a culpa seja minha, por querer que sempre exista uma novidade. Mas o real é que tudo permanece desesperadamente igual.
As pessoas são previsíveis. Algumas eu posso saber o próximo passo, a próxima ação, próximo post, são fáceis. Outras me surpreendem, mas sempre pelo lado negativo. Humanos, eu esperava mais de vocês. Minha cachorra sabe ser mais criativa.
Repassando a culpa é realmente minha. Eu mesma, sempre a mesma, entediada.

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